Reaprendendo a olhar.

Agora, às exatas 00:04 minutos do domingo, na cidade de Farroupilhas, termino de revisar a lição da Escola Bíblica Dominical que ministrarei na igreja amanhã. E fico pensando como foi o sábado de cada um dos outros seminaristas e pastores, todos espalhados pelas outras cidades. Alguns em Canoas, São Gabriel, Uruguaiana, e tantos outros povoados, cada um vivendo o que Deus planejou para esses dias.

Fico um pouco entretido com a beleza da cidade, mas e também com sua frieza, mesmo que esta tenha sido amenizada pela recepção calorosa oferecida pelo Rev. Geraldo, pastor da igreja. Logo após algumas boas horas de conversa e também na companhia de alguns grostolis, percebo como campo é vasto, como a carência é latente e quão negligente tenho sido em pensar somente no meu bairro.

Quando olho para tudo o que já foi feito, para todos os milhares de folhetos e centenas de casas visitadas, o culto de reinício dos trabalhos da Congregação Presbiteriana de Gravataí. Vejo o privilégio que tive por poder estar aqui. Não pense somente na viagem, mas olhe para a oportunidade de ver irmãos trabalhando, de conhecer o campo e saber que há inúmeros lugares carentes. Tudo isso me envergonha, me motiva e me faz sonhar. Sou grato a Deus, pois a cada dia, em cada oportunidade, consigo sentir que meu vidro tem desembaçado e a imagem da grandeza do reino de Deus está mais nítida e clara.